Tijuca, do rock ao samba

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Que todo tijucano bate no peito com orgulho para defender a bandeira do seu bairro, isso todo mundo sabe. Mas o que muita gente não sabe é o quanto as ruas desse bairro são permeadas pela história da música brasileira.

Sim, a Tijuca é berço para vários movimentos musicais. Pode até se dizer a mãe de alguns músicos e bandas. Mas engano seu, se acha que fica só no samba. Vai muito mais além. Uma pitada de cada estilo quase.

Rock

Na década de 50, com o pós guerra, a cultura norte-americana chegava a vários países. Conectando-se principalmente com os jovens. Na música era o rock’n’roll que estava tomando seu lugar.

O Rio de Janeiro não ficou de fora como bom apaixonada pela música. Só que o bairro escolhido era a Tijuca para essa história. Mais precisamente na Rua Haddock Lobo em uma calçada entre a Rua Matoso e a Barão de Ubá.

Ali no Cinema Madri, na primeira esquina, os jovens se reuniam não só para falar de rock, mas das histórias em quadrinhos e cinema.

Na mesmo caminho pela Barão de Ubá ficava outro ponto de encontro super queridinho o Divino Bar para colocar a cereja no bolo da festa.

A questão especial estava justamente nos seus frequentadores. Ipanema, teve a Bossa Nova no Bar do Veloso. Tijuca tinha o Divino Bar com nomes como Tim Maia, Erasmo Carlos,Jorge Ben, Roberto Carlos e outros mais. Um time tão pesado quanto. Tanto é que foi dali que sai a Jovem Guarda.

A história ainda conta o seu rock era de rua, não de garagem. Porque tocavam na rua mesmo em frente ao bar. Chegando muitas vezes a terem suas guitarras apreendidas pelos policiais já que os vizinhos reclamavam da cantoria extrapolando as altas horas.

Só que no outro dia, eles voltavam depois de seus pais recuperarem seus instrumentos na delegacia. Houve até um dia em que o delegado decidiu prender eles ao invés do violão para ver se dava um basta de verdade no problema.

Ainda bem que não os fizeram desistir. A música brasileira agradece e não é pouco. Claro, que eles seguiram carreiras individuais ou formaram bandas, treinaram em suas casas, mas a música nunca mais os perdeu.

Samba

Não há como negar que a região da Grande Tijuca carrega no peito o samba. Primeiramente, se formos pegar a partir das escolas de samba há nomes como Salgueiro, Mangueira, Unidos de Vila Isabel, Unidos da Tijuca, Unidos de São Carlos, Império da Tijuca.

Seja no morro ou no asfalto, a região respira o samba desde os bambas. Isso sem levar em conta os blocos tradicionais de carnaval.

Se você ainda acha pouco. Que tal eu citar o nome do sambista Noel Rosa? Nascido, criado e com uma vida toda nos entornos de Vila Isabel na Grande Tijuca.

Seguindo a mesma linha, já se perguntou o motivo do nome Martinho da Vila? Referência com a sua escola Vila Isabel onde foi compositor e autor de grandes samba enredos.

Você ainda acha que a Tijuca é tem pouco peso no samba? Porque a gente pode citar inúmeros outros nomes como Nelson Cavaquinho que frequentava a Mangueira. Mas seria conversa para várias noites.

Será que a Tijuca é o meu lugar para morar?

Até hoje a Tijuca respira música por seus bares e suas ruas. Basta andar com um pouco mais de atenção. Impossível não sentir a vibração e a energia do bairro. Sua contribuição foi infinita para a música.

Agora, pensa chegar de casa com tudo perto e ainda poder curtir todo esse potencial musical espalhado por qualquer canto. Só entrar em um estabelecimento, apreciar e se envolver. Não tem como não se render.

Acho que vale a pena você checar com os próprios olhos, mas antes me conta aqui se você sabia de tudo isso.

2 Comentários

  1. Parabéns!!!

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  2. Parabéns pelo site!

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